O que são Conjunções Subordinativas

O que são Conjunções Subordinativas?

No universo da língua portuguesa, as conjunções desempenham um papel fundamental na construção de frases. Elas são responsáveis por ligar orações e, assim, garantir a coesão e a fluidez de um texto. Neste artigo, vamos explorar as conjunções subordinativas, um tipo específico de conjunção que você deve dominar para escrever com clareza e precisão.

O que são Conjunções Subordinativas?

As conjunções subordinativas são palavras que conectam orações subordinadas à oração principal. Em outras palavras, elas fazem com que uma oração dependa da outra em termos de sentido. A oração subordinada não possui sentido completo sem a oração principal. Portanto, é crucial entender como usar essas conjunções corretamente.

As conjunções subordinativas indicam várias relações entre as orações, como causa, condição, concessão, tempo, finalidade, comparação, conformidade, proporcionalidade e consequência. Essas relações não só enriquecem o texto, mas também ajudam o leitor a compreender melhor o que está sendo dito.

Tipos de Conjunções Subordinativas

Para entender completamente as conjunções subordinativas, é essencial conhecer os tipos existentes e como cada um deles funciona na prática. A seguir, exploramos os principais tipos de conjunções subordinativas.

1. Causais

As conjunções subordinativas causais indicam a causa ou o motivo da ação expressa na oração principal. São exemplos: “porque”, “pois”, “já que”, “visto que” e “como”. Essas conjunções são usadas quando você quer explicar o porquê de algo acontecer.

Exemplo prático: “Ela não veio porque estava doente.” Neste exemplo, a conjunção “porque” introduz a causa da ação principal.

2. Condicionais

As conjunções subordinativas condicionais expressam uma condição necessária para que a ação da oração principal ocorra. Exemplos incluem “se”, “caso”, “desde que”, “contanto que” e “a menos que”. Elas são úteis quando você precisa mostrar que algo só acontecerá sob determinadas circunstâncias.

Exemplo prático: “Se chover, a festa será cancelada.” Aqui, a ação de cancelar a festa depende da condição expressa pela conjunção “se”.

3. Concessivas

As conjunções subordinativas concessivas introduzem uma ideia de contraste ou oposição, indicando que a ação da oração principal acontece apesar da condição adversa apresentada na oração subordinada. Exemplos incluem “embora”, “ainda que”, “mesmo que”, “conquanto” e “se bem que”.

Exemplo prático: “Embora estivesse cansado, ele continuou a trabalhar.” Neste caso, a conjunção “embora” indica que, apesar do cansaço, a ação de continuar a trabalhar ocorreu.

4. Temporais

As conjunções subordinativas temporais indicam a relação de tempo entre a oração subordinada e a oração principal. Exemplos incluem “quando”, “enquanto”, “assim que”, “logo que”, “antes que” e “depois que”. Essas conjunções ajudam a situar eventos no tempo.

Exemplo prático: “Quando eu cheguei, ele já havia saído.” Aqui, a conjunção “quando” indica o momento em que as ações aconteceram.

5. Finais

As conjunções subordinativas finais expressam a finalidade ou o objetivo da ação na oração principal. Exemplos incluem “para que”, “a fim de que” e “que”. Essas conjunções são usadas quando você deseja mostrar a intenção por trás de uma ação.

Exemplo prático: “Estudei muito para que pudesse passar no exame.” A conjunção “para que” introduz o propósito da ação de estudar.

6. Comparativas

As conjunções subordinativas comparativas introduzem uma comparação entre a oração principal e a oração subordinada. Exemplos incluem “como”, “assim como”, “tão… quanto”, “tanto… quanto”, “mais… do que”, “menos… do que”. Elas são usadas para estabelecer uma relação de comparação.

Exemplo prático: “Ela corre tão rápido quanto o vento.” Neste caso, a conjunção “quanto” faz a comparação entre a velocidade da pessoa e a do vento.

7. Conformativas

As conjunções subordinativas conformativas indicam conformidade ou acordo entre a ação da oração subordinada e a oração principal. Exemplos incluem “conforme”, “como”, “segundo” e “consoante”. Elas são úteis para mostrar que algo está em conformidade com outra coisa.

Exemplo prático: “Ele agiu conforme as instruções dadas.” Aqui, a conjunção “conforme” indica que a ação foi realizada de acordo com as instruções.

8. Proporcionais

As conjunções subordinativas proporcionais indicam uma relação de proporção entre a oração principal e a subordinada. Exemplos incluem “à medida que”, “à proporção que” e “quanto mais… mais”. Essas conjunções são utilizadas quando uma ação aumenta ou diminui em proporção a outra.

Exemplo prático: “Quanto mais ele estuda, mais aprende.” Neste exemplo, a conjunção “quanto mais” expressa a proporção entre estudar e aprender.

9. Consecutivas

As conjunções subordinativas consecutivas indicam uma consequência da ação expressa na oração principal. Exemplos incluem “tanto que”, “de forma que”, “de modo que”, “de sorte que”. Essas conjunções são usadas para mostrar o resultado de uma ação.

Exemplo prático: “Ele trabalhou tanto que ficou exausto.” Aqui, a conjunção “tanto que” mostra a consequência do trabalho excessivo.

Como Identificar e Usar Conjunções Subordinativas no Dia a Dia

Agora que você conhece os tipos de conjunções subordinativas, é importante saber como identificá-las e usá-las corretamente em diferentes contextos. Identificar uma conjunção subordinativa envolve reconhecer a relação que ela estabelece entre as orações.

Dica prática: Quando você estiver lendo um texto ou escrevendo, pergunte-se: “Qual é a relação entre essas orações?” Se a relação for de causa, condição, concessão, tempo, finalidade, comparação, conformidade, proporcionalidade ou consequência, provavelmente você está lidando com uma conjunção subordinativa.

Por exemplo, se você quiser expressar que algo aconteceu por um motivo específico, você pode usar uma conjunção subordinativa causal, como “porque”. Da mesma forma, se você quiser destacar que algo só acontecerá sob certas condições, uma conjunção subordinativa condicional, como “se”, será apropriada.

Além disso, é importante praticar o uso dessas conjunções para que você possa usá-las naturalmente em suas conversas e escritos. Uma boa prática é criar frases usando diferentes conjunções subordinativas e observar como a relação entre as orações muda dependendo da conjunção utilizada.

Conjunções Subordinativas e a Clareza no Texto

O uso adequado das conjunções subordinativas pode transformar a maneira como você escreve. Elas não apenas conectam orações, mas também ajudam a construir argumentos claros e bem estruturados. Um texto que utiliza essas conjunções de forma eficiente tende a ser mais persuasivo e fácil de seguir.

Quando você emprega conjunções subordinativas, você guia o leitor através de seu raciocínio, mostrando a relação entre ideias e garantindo que seu ponto de vista seja entendido claramente. Isso é especialmente importante em textos argumentativos ou acadêmicos, onde a clareza e a precisão são cruciais.

Exemplo de clareza: Considere as frases “Ele estudou muito” e “Ele passou no exame.” Se você usar uma conjunção subordinativa causal, como “porque”, para conectar essas duas frases, o resultado será: “Ele passou no exame porque estudou muito.” Essa frase agora comunica claramente a relação de causa e efeito entre estudar e passar no exame.

Evitando Erros Comuns com Conjunções Subordinativas

Mesmo com um bom entendimento das conjunções subordinativas, é fácil cometer erros ao usá-las. Um erro comum é usar a conjunção errada, o que pode alterar o sentido da frase ou torná-la confusa.

Erro comum: Usar “porque” no lugar de “embora”. Veja a diferença: “Ele passou no exame porque estudou muito” (correto) versus “Ele passou no exame embora estudou muito” (incorreto). No segundo caso, a conjunção “embora” não faz sentido, pois expressa concessão, e não causa.

Outro erro comum é omitir a vírgula antes da oração subordinada, o que pode dificultar a compreensão do texto. Por exemplo, em “Ela decidiu ir embora logo que soube da notícia”, é importante usar a vírgula antes de “logo que” para evitar ambiguidades.

Considerações Finais

As conjunções subordinativas são essenciais para a construção de frases complexas e significativas. Elas permitem que você expresse ideias com clareza, mostrando a relação entre diferentes ações e eventos. Ao dominar o uso dessas conjunções, você melhora não apenas sua escrita, mas também sua capacidade de comunicar ideias de maneira eficaz.

Pratique o uso das conjunções subordinativas em suas conversas e escritos diários. Quanto mais você as utilizar, mais natural será seu emprego. Lembre-se de que a chave para uma comunicação eficaz é a clareza, e as conjunções subordinativas são ferramentas valiosas para alcançar esse objetivo.


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