Regência Verbal: Saiba O Que É

Regência Verbal: Entenda Esse Conceito de Forma Simples

A regência verbal é um dos assuntos fundamentais da gramática da língua portuguesa, mas pode parecer um pouco confuso à primeira vista. No entanto, com explicações claras e exemplos práticos, fica muito mais fácil compreender como ela funciona. De forma simples, a regência verbal trata da relação que os verbos estabelecem com seus complementos, ou seja, como os verbos “governam” outras palavras em uma frase.

Neste texto, vamos detalhar tudo o que você precisa saber sobre a regência verbal. Vamos explicar o conceito de maneira simples, com exemplos práticos, para garantir que você entenda completamente o tema.

O Que é Regência Verbal?

Regência verbal é a relação de dependência que um verbo estabelece com outras palavras na frase, geralmente substantivos ou pronomes. Quando usamos um verbo, ele pode precisar de um complemento para que o sentido da frase fique completo. Esse complemento pode ser direto, quando não há preposição, ou indireto, quando há a necessidade de uma preposição.

Por exemplo:

  • “Ela assistiu ao filme.”
    Neste caso, o verbo “assistir” exige a preposição “a” para conectar-se corretamente ao seu complemento “filme”. Essa é uma regra de regência verbal, pois alguns verbos exigem preposições específicas para que a frase faça sentido.

Tipos de Regência Verbal

Existem dois principais tipos de regência verbal: a regência de verbo transitivo e a regência de verbo intransitivo. Vamos entender cada uma delas:

1. Regência de Verbo Transitivo

Verbos transitivos são aqueles que necessitam de um complemento para que seu significado fique completo. Eles podem ser transitivos diretos, quando não precisam de preposição, ou transitivos indiretos, quando precisam de uma preposição.

  • Verbos Transitivos Diretos: Esses verbos exigem um complemento, mas sem preposição.
    Exemplo: “Ela comprou um carro.”
    O verbo “comprar” exige um complemento, que neste caso é “um carro”, mas não precisa de preposição.
  • Verbos Transitivos Indiretos: Esses verbos exigem um complemento com preposição.
    Exemplo: “Ele gosta de música.”
    O verbo “gostar” exige a preposição “de” para conectar-se ao seu complemento “música”.

2. Regência de Verbo Intransitivo

Verbos intransitivos não necessitam de complemento para que o sentido da frase esteja completo. Eles podem, no entanto, ser acompanhados de adjuntos adverbiais, mas esses não são obrigatórios.

Exemplo:

  • “Ele morreu.”
    Aqui, o verbo “morrer” tem sentido completo por si só, sem a necessidade de um complemento. Embora possamos acrescentar um adjunto, como “Ele morreu ontem”, o verbo não depende dele para a compreensão da frase.

A Importância da Preposição na Regência Verbal

Um dos pontos centrais da regência verbal é a preposição. Muitos verbos exigem preposições específicas para estabelecer uma relação correta com seus complementos. Por isso, é essencial conhecer as preposições que cada verbo exige. Vamos ver alguns exemplos:

  • “Agradecer a alguém por algo.”
    Exemplo: “Ele agradeceu ao professor pela ajuda.”
    Aqui, o verbo “agradecer” exige a preposição “a” antes do complemento “professor”.
  • “Confiar em alguém.”
    Exemplo: “Ela confia nos amigos.”
    O verbo “confiar” requer a preposição “em” para ligar-se ao complemento “amigos”.

Verbos com Mais de Uma Regência

Alguns verbos apresentam mais de uma regência, o que altera o sentido da frase. Isso ocorre com verbos como “assistir” e “esquecer”, que podem ser usados de formas diferentes, dependendo da preposição ou ausência dela.

  • Assistir:
    • “Ela assistiu ao filme.” (complemento indireto: o verbo exige a preposição “a”)
    • “Ela assistiu o paciente.” (complemento direto: neste sentido, o verbo significa “dar assistência”)
  • Esquecer:
    • “Ele esqueceu o documento.” (transitivo direto: sem preposição)
    • “Ele se esqueceu do documento.” (transitivo indireto: com preposição “de”)

Esses exemplos mostram que a escolha da preposição pode modificar completamente o significado de uma frase.

Erros Comuns na Regência Verbal

Mesmo falantes nativos do português cometem erros na regência verbal, muitas vezes por desconhecerem as preposições corretas que acompanham certos verbos. Vamos listar alguns erros comuns e suas formas corretas:

  • Errado: “Ele prefere mais arroz do que feijão.”
    Correto: “Ele prefere arroz a feijão.”
    O verbo “preferir” exige a preposição “a” e não deve ser usado com “mais”.
  • Errado: “Ela assiste televisão.”
    Correto: “Ela assiste à televisão.”
    O verbo “assistir”, no sentido de “ver”, exige a preposição “a” antes do complemento.

A Regência Verbal e os Verbos Impessoais

Os verbos impessoais, que não possuem sujeito, também seguem regras de regência. Um exemplo clássico é o verbo “haver”, no sentido de “existir” ou “acontecer”, que não admite sujeito e deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.

Exemplo:

  • “Há muitas pessoas na sala.”
    Aqui, “há” (verbo impessoal) indica existência e deve permanecer no singular, mesmo que o complemento esteja no plural.

Outro verbo impessoal comum é o “fazer”, utilizado para expressar tempo decorrido.
Exemplo:

  • “Faz três anos que não nos vemos.”
    O verbo “fazer”, neste sentido, também não varia, independentemente do complemento.

Dicas Para Aprender Regência Verbal

Aprender regência verbal exige prática, mas algumas dicas podem ajudar:

  1. Leia Bastante: A leitura frequente de textos formais e informativos ajuda a assimilar o uso correto das preposições.
  2. Preste Atenção à Preposição: Quando usar um verbo que não tem certeza da regência, verifique em dicionários ou gramáticas quais preposições ele exige.
  3. Pratique com Exercícios: Exercícios de gramática focados em regência verbal são essenciais para fixar o conteúdo.

Considerações Finais

A regência verbal pode parecer complexa no início, mas é um assunto essencial para dominar a gramática do português. Ela garante que as frases sejam estruturadas de maneira correta, respeitando a relação entre os verbos e seus complementos. Com a prática, fica mais fácil identificar os verbos que precisam de preposição e aqueles que não precisam, além de entender como a escolha da regência pode mudar o significado de uma frase.

Para dominar a regência verbal, é importante ter paciência e praticar bastante. Aproveite as dicas que oferecemos e continue explorando o tema em leituras e exercícios práticos. Quanto mais você praticar, mais natural será o uso da regência verbal no seu dia a dia, tanto na fala quanto na escrita.


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